sábado, 24 de novembro de 2012

meu tempo


um sorriso breve
de quem insite em sorrir
olhando a tarde quente
o corpo cansado
memórias perdidas no tempo
busco no horizonte
o caminho do sol
tanto o vi
mas nunca o segui
fiquei perdido no dia a dia
vez por outra partia
apenas por partir
abandonei pessoas
hoje as busco
desesperado
quero o que perdi no tempo
quero o que perdi ao vento
pois comigo ele foi tão cruel
tanto fugi
tanto perdi
os anos foram
lembranças se perderam
em mim rugas...

amar de verdade

estrelas e faróis distantes na minha escuridão

deserto de amor e nuvens de solidão

queria encontrar o que procuro

respostas ao tempo

tantas perguntas

tristezas e amarguras

uma ponta de alegria

tão vaga...

o que importa será?

a mim, quase tudo que perdi

um pouco que tenho

o muito que me falta

que não encontro

instantes eternos

como o sorriso de meu filho

pequena parte que me completa

então o que tanto busco

ilusão do que não posso ter

ser o que eu preciso

vontade de tocar o intocável

ver o invisível

ser o que não posso

mas no fundo, quero apenas

ter o que hoje eu tenho

um amor de verdade

meu filho...