quarta-feira, 21 de novembro de 2012

CAMINHANDO


Em cada passo, como pensamento
componho minha  história
não sei se vivo ou invento
aqui neste peito...
sei que sofro em cada linha
minhas mentiras e verdades
confusas, entrelaçadas
como letras em minhas palavras
compondo linhas
horizonte de caminhos
cruzadas...
minhas histórias
falsas verdades
ou minha verdade alheia
confundo-me
como olho vesgo
duas direções
amor e ódio
verdade, mentira
quando eu amo
eu não sei
se amo mentir
ou minto não amar
disfarçando
sou fortaleza
acima da dor
vocífero flor
no espinho que corta
carne adentro e alma
não minha, a de um personagem
a minha, escondida
em labirintos gigantes
nem eu a encontro
mais mentira
para esconder o que sou
minha blindagem ao amar
dizer que não amo
escrever que tanto amei
contar fanfarras
esconder desilusões
da vida ao livro
do livro a vida
nem eu sei se sou
carne ou personagem
de passagem a passos lentos
na vida do livro em que me escondo

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